Estrada Velha Parte I
Ao viajar entre Foz do Iguaçu e Cascavel pela BR 277, em pelo menos metade do caminho, os viajantes estão margeando a antiga estrada que ligava Guarapuava a Foz do Iguaçu. O que resta desta verdadeira Estrada Histórica se encontra entre um ponto de Foz do Iguaçu onde começa a atual Avenida Felipe Wandscheer. Ainda hoje, os iguaçuenses que não desejam arriscar o alemão preferem chamar a rota pelo nome local: Estrada Velha de Guarapuava. A pobre Estrada Velha não está em bom estado de conservação.
Apesar disso os milhares de brasileiros sacoleiros descobriram o traçado original desta Estrada que liga o Leste ao Oeste, para fugir dos controles policiais, aduaneiros e, por vezes, militar na BR 277. A Velha Estrada foi palco de algumas correrias e perseguições que logo, espero, passem para a lembrança e folclore da região. Dentro dos limites de Foz do Iguaçu, a região da Estrada Velha oferece churrascarias como a Cabeça de Boi Campestre, pesque-pague, piscinas, clubes, condomínios e até um centro de pesquisa da Consciênciologia (CEAEC). Fica na esquina da Estrada Velha com a Rua da Cosmoética. Cosmo quê?
Hoje deputados e outras autoridades tentam reviver parte da estrada, pelo menos o trecho entre Foz do Iguaçu e Céu Azul que custará uns R$ 7 milhões. O trecho terá 90 quilômetros. Eles esperam implantar um projeto de Uso Turístico que garanta desenvolvimento sócio-econômico e resgate da história local. Desejo que as autoridades consigam. Mas antes da Estrada ser chamada de Estrada Velha de Guarapuava ela se chamava Estrada do Telégrafo na época em que ser telegrafista era uma das grandes profissões do mundo. Um “telegraphista-chefe” da época se chamava Leopoldo Frederico Pereira, cujo nome descobri em um processo sobre o Parque Nacional do Iguaçu no qual ele foi procurador.
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