sábado, 5 de janeiro de 2008

História da BR 277 (II)

Estrada Velha Parte II Gosto de pensar que assim como o Trajeto da novíssima BR 277, seguiu de alguma maneira o trajeto da histórica Estrada de Guarapuava, a Estrada de Guarapuava parece ter seguido a direção geral de caminhos indígenas que ligavam o litoral sul-paulista, paranaense e norte-catarinense ao interior do continente. Alvo de estudos de tanta gente boa no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Me refiro ao caminho Guarani chamado por nós brasileiros de “Peabiru” e que no guarani paraguaio é Tapé Aviru. Onde “Tapé” quer dizer caminho. 

O caminho do Peabirú é um dos roteiros turísticos em criação no Paraná. Do mesmo modo o que resta do Tapé Aviru no Paraguai, é oferecido ao mundo como um roteiro turístico lá. Digo de passagem que Peabiru é também o nome de um município paranaense ligado ao velho caminho. Porém a coisa não pára por aqui. Segundo o professor Germano Bruno Afonso da UFPR que estuda a paleoastronomia sudamericana, o traçado do Tape Avirú parece seguir um outro caminho mais antigo que os Guarani chamam de “Tapirapé” onde “Tapir” quer dizer “anta” e “rapé” é uma forma eufônica de Tape. O guarani muda a pronúncia do “T” para “r” para evitar sons cacofônicos. Assim como a gente não gosta de dizer em português, “por cada”, vou-me já etc, o guarani não quer dizer tapitapé ou “tapirtapé” – até porque esse “R” sozinho não existe em guarani. 

A que caminho se referem os guarani quando falam de Tapirapé? É simples, Tapirapé é a Via Láctea. O professor Germano Bruno Afonsoa firma que o traçado do Caminho do Peabiru ou Tapé Avirú segue o traçado da Via Láctea no céu estrelado de nossa latitude. Viu a que leva falar sobre a BR 277? Já estamos nas galáxias!

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